sábado, 27 de abril de 2019

Exposição "Liberdade e Democracia"

     A exposição Liberdade e Democracia foi mais uma das atividades desenvolvidas pelos alunos do 10º ano, a propósito dos 45 anos do 25 de abril.
















segunda-feira, 22 de abril de 2019

Liberdade


   A propósito da comemoração dos 45 anos do 25 de abril, eis alguns trabalhos de carácter  reflexivo realizados por alunos do 10º ano sobre um dos valores fundamentais e impulsionadores da revolução dos cravos: a liberdade.




Fonte:http://www.domboscopira.com.br/


    Quando falamos de liberdade, no nosso dia a dia, referimo-nos ao facto de se somos realmente livres, tendo em conta que vivermos numa sociedade que habita sobre as várias leis constituídas por um governo.
   Já a nível filosófico, podemos debater sobre esse assunto ou podemos aprofundar o tema “a liberdade de escolha’’, ou seja, se, como seres humanos que se consideram como os únicos seres que possuem mente, será que nós somos realmente capazes de fazer uma escolha (ou realizar uma ação) ou será que as nossas ações já estavam predestinadas?
     As várias respostas a esta pergunta dependem muito da pessoa à qual esta questão seja colocada.
   No meu ponto de vista, eu acredito que o ser humano tanto tem liberdade, como não a tem; quando se fala a nível da ação humana, pode-se dizer que eu defendo o ponto de vista dos compatibilistas.
   Se a nível geral, se defendesse o determinismo radical, não poderíamos julgar qualquer tipo de ação realizada pelo ser humano, desde os eventos de mais pequeno impacto (por exemplo, atirar um copo ao chão), até aos de maior impacto (por exemplo, um ataque de um bombista suicida), pois o determinismo radical defende que qualquer ação que realizamos já estava pré-destinada e não existe, de algum modo, a possibilidade de evitar essa ação. Sendo assim, todos os valores morais perderiam o seu significado e a sua existência passaria a ser completamente inútil.
   Se defendessemos o libertismo, poderíamos afirmar que todas as ações realizadas pelo Homem são realizadas de livre vontade e que são condenáveis, mas um dos maiores problemas que podemos encontrar face ao libertismo é a questão de pessoas que sofrem de compulsões psicológicas, por exemplo. Outro problema que também pode surgir é que o ser humano, mesmo tendo livre-arbítrio e podendo escolher fazer o que quiser, não o pode fazer, pois está sujeito a regras e leis que não lhe permitem sempre fazer o que quiser de livre vontade.
   Por último, importa salientar o compatibilismo, que se pode dizer que é um meio termo entre o determinismo e o libertismo.
   O conceito do compatibilismo refere que o ser humano pode ter comportamentos que podem ser costrangidos e outros não constrangidos.
   Os comportamentos constrangidos, podem derivar de doenças como compulsões ou simplesmente quando alguém é coagido, ou seja, é obrigado a tomar algum tipo de comportamento devido ao facto de não ter mais escolhas.
   Os comportamentos não constrangidos, são comportamentos que derivam dos nossos próprios desejos, são comportamentos que podemos realizar sem que nada nem ninguém nos obrigue.
   Enquanto os deterministas acreditam que todos os atos são destinados e os libertistas acreditam que todos os atos são realizados de livre vontade, os compatibilistas acreditam que o ser humano só tem controlo sobre alguns dos seus comportamentos, o que, ao contrário de um ato livre, não é determinado, mas sim um ato forçado.
   Apesar do compatibilismo ser a teoria que une os melhores pontos do determinismo radical e do libertismo, não deixa de ter um grande problema devido ao facto de se dizer que a teoria em si afirma que o ser humano é livre, se as suas ações decorrem do seu carácter e dos seus desejos não manipulados mas, em última análise, o problema é que os nossos desejos e o nosso carácter são causados por forças que não controlamos.

   Gustavo Moutinho, 10ºF

A Liberdade


(1)


Temos a sensação de que somos livres, que podemos escolher entre o caminho da esquerda e o caminho da direita. Mas porque escolhemos um certo caminho? Será que o que chamamos de “escolha” não é simplesmente o que nós pensamos que fazemos constantemente mas, na realidade, é o que algo ou alguém pré-determinou para nós fazermos? Não será a nossa vida um teatro de marionetas onde as pessoas são as personagens? Num teatro, nós “damos vida” às personagens, sendo que estas parecem que fazem escolhas e que reagem às ações das outras. No entanto, fomos nós que imaginámos a história e que pusemos os pequenos bonequinhos de madeira a representá-la. Não seremos nós os bonequinhos de madeira de um gigante teatro de marionetas? Já pensámos muito sobre este assunto e nunca conseguimos prová-lo ou refutá-lo. Mas é certo que se pensamos não constituímos apenas marionetas. Somos um conjunto de células como todos os outros seres vivos. Mas o que nos distingue deles? Por que nos autodenominamos de “animais” e, dentro deles, de “racionais”? Percebemos que o conjunto das nossas células tem uma organização única e que o nosso cérebro evoluiu ao ponto de desenvolvermos o conceito de liberdade. E com isto não quero dizer que somos livres. Apenas inventamos um conceito, uma palavra para designarmos uma ideia, neste caso, muito abstrata e controversa.
Liberdade é a condição humana de que podemos optar entre várias possibilidades. E se considerarmos que temos liberdade, por que razão escolhemos fazer uma certa ação? Por que alguém decide fazer voluntariado ou doar todo o seu dinheiro para ajudar pessoas (ou animais) que nunca viu? E por que outras decidem explorar crianças ou matar indiscriminadamente pessoas que também não conhece? Será que já nascemos pessoas boas ou más, ou as nossas ações são influenciadas por condicionantes externas? Será que quem cresce entre o crime ou num ambiente de guerra irá aceitar isso com mais facilidade? Dizem que sim… Mas estas pessoas terão também mais consciência das consequências dessas ações e quão dolorosas podem ser. Serão as nossas escolhas que definem quem somos e quem seremos, ou será que umas pessoas têm sorte e outras não, independentemente das decisões que tomam? Ganhar a lotaria pode ser sorte, visto que entre milhões de pessoas que decidem jogar apenas uma recebe o dinheiro, não dependendo em nada das suas ações (salvo possíveis ilegalidades). Mas se decidir gastar o dinheiro num cruzeiro e em seguida, perder o emprego e tornar-se um sem-abrigo já não é sorte, nem azar. Se tivesse guardado o dinheiro, poderia ter aberto um negócio e ser muito bem-sucedido. Será que estava já destinado sermos pessoas de sucesso, sermos sem-abrigo ou acabarmos por morrer na prisão? Se pensarmos a uma pequena escala, todos somos obrigados a aceitar a ideia de que as nossas ações trazem consequências, que geralmente conseguimos prever e que podem ser a finalidade delas ou os chamados “efeitos secundários”. Diferenciamos também as ações que provocam mudanças positivas na realidade e as que provocam mudanças negativas. E então por que razão uns escolhem o caminho “socialmente correto” e outros não? Ao sermos livres, somos necessariamente conscientes das consequências das nossas ações. E por que não optamos sempre por aquelas que trazem as melhores consequências? Será que ao deliberarmos consideramos a mudança que cada uma das opções provocará na realidade ou o nosso cérebro segue apenas por estímulos externos que nos obrigam a realizar certas ações? E porque não ambas? Podemos considerar que as nossas ações são influenciadas por agentes externos mas que perante as alternativas somos capazes de escolher. Um simples exemplo: uma adolescente vai sair com as amigas e opta por usar uma minissaia pois é o que as raparigas da sua idade usam, mesmo sabendo que não se vai sentir à vontade e que os pais não vão gostar da ideia. Ela foi livre para escolher o que queria usar, mas foi influenciada por fatores culturais. Porém, os pais podem proibi-la de sair assim de casa mas ela, pelo menos, já mostrou que não concorda com eles. Todos somos livres, mas a nossa liberdade é condicionada, ou seja, é nos exigido seguir um conjunto de regras para que seja possível viver numa comunidade na qual tenhamos os mesmos direitos. Mesmo ao sermos forçados a segui-las, podemos desrespeitá-las, podemos protestar, podemos revoltar-nos. Isso traz prejuízos, mas se não trouxesse imaginem como seria a nossa sociedade! É impossível proibir totalmente alguém de fazer algo que provoque um impacto negativo no resto da população, mas, no entanto, as regras servem para desencorajar essas ações através do medo de uma eminente punição. 
Assim, temos sempre dois caminhos, por mais extremos que possam parecer, e somos livres para escolher o que fazer. E é conforme as nossas ações (e, porventura, um pouco de sorte) que se traça a nossa vida.
  
Inês Bandeira, 10ºB


(     (1)     Fonte: http:// http://www.umcaminho.com

A Liberdade


O que é a liberdade?





Fonte: https://www.pinterest.co.kr
O que é a liberdade? O que é esta sensação que todos nós procuramos, mas que muitos não conseguem encontrar? Será a liberdade apenas limitada a uns ou será que é universal?
Falamos de liberdade quando nos sentimos concretizados, quando sentimos que demos um passo, não porque nos disseram para o fazer, mas sim porque assim o quisemos e, como tal, assim o fizemos! Será o ser humano livre quando acredita que existe algo que é superior, algo que ultrapassa todos os nossos limites, algo que tem o poder de se apoderar de todos nós, escondendo a verdadeira razão das nossas decisões? Será que cada palavra que eu estou aqui a escrever e a apagar, será que todo este texto já tinha sido planeado?
Cada palavra, cada momento, cada sorriso, cada abraço que dou, nada disto é falso, nada é representação… sinto o que digo, sinto cada segundo da minha vida, sinto o meu coração aos pulos quando estou ao lado de alguém que é importante para mim! Custa-me acreditar que funciono como uma personagem de um jogo e faço o que faço porque alguém o decidiu!!!!! Custa-me acreditar que não tenho mente, que não raciocino, que todos as sensações são meras simulações para ficar convencida que todas as minhas decisões foram tomadas segundo os meus desejos, quando, pelos vistos, foi segundo desejos de outros, um outro que é grandioso e superior! Sendo assim, teremos nós uma identidade, teremos nós a capacidade de amar, de sorrir, de chorar? Teremos nós desejos, sonhos? Muitos dizem que os nossos sonhos são mensagens de deuses…e se calhar não somos nada mais nada menos do que marionetas destes seres divinos……
A liberdade é algo que nos ultrapassa! Nunca vou saber verdadeiramente se realmente sou ou não livre ou se simplesmente é suposto sentir-me assim… mas sei que me sinto responsável pelas minhas ações, que me sinto concretizada quando me dão oportunidade de me expressar. Mas, independentemente de todas estas suposições, será um ser humano livre quando é obrigado a ter apenas um filho, quando é obrigado a sorrir e a acenar perante um ditador que tirou a vida aos seus entes queridos, quando apenas pode cortar o seu cabelo de acordo com uma lista que foi definida por alguém? De certeza que esses seres humanos não se sentem tão concretizados, tranquilos e descansados como eu!
Se calhar é mesmo esta uma das soluções deste quebra-cabeças: se calhar, é esta sensação de tranquilidade, serenidade e relaxamento que nos faz sentir vivos, que nos faz sentir que somos alguém, que nos faz sentir felizes e amados…que nos faz sentir LIVRES!!!!         

                                                                                                       Inês Santos, 10ºB

O que é a liberdade?



Liberdade é um conceito encarado com bastante controvérsia. Um assunto que é discutido por muitos, os quais procuram uma resposta que parece inalcançável. Sempre foi, é, e penso que sempre será, uma das maiores questões da humanidade. Somos livres ou é uma mera ilusão? Temos limites e o outro tem limites?
Todos procuramos a liberdade, sendo que a falta desta apresenta uma das mais temíveis ameaças. Mas será que somos realmente livres?
 O livre arbítrio é um apelo a essa liberdade, que se traduz no direito de agir de segundo própria vontade, na sensação de não depender de ninguém e no prazer de poder escolher, analisando antes as hipóteses que se encontram ao nosso dispor e ponderando sobre a nossa decisão final.
Este é um tema que, mesmo podendo não parecer, é bastante complexo, até para alguns filósofos. Ninguém aparenta ter a capacidade para responder à “simples” questão: O que é a liberdade? - uma pergunta intrigante que revela a complexidade de toda uma realidade com a qual não estamos habituados a conviver. Quando fazemos este tipo de questões a nós próprios apercebemo-nos de que talvez não prestamos a devida atenção à maioria dos assuntos que nos rodeiam, dos mais simples aos mais labirínticos e, por vezes, desprezamo-los quando, na verdade, podem ser dos mais importantes.
Fonte: http://filoparanavai.blogspot.com
A liberdade está intimamente relacionada com a Ética uma vez que, agindo livremente, nós devemos ser responsabilizados pelos nossos atos e por isso devemos comportarmo-nos, em sociedade, da melhor forma para que ninguém seja prejudicado.
Este é um assunto que deve ser discutido por todos nós para que possamos ter um contacto mais cuidado e atento com as diferentes realidades que dão vida ao nosso mundo e para que possamos entender o outro e agir da melhor forma.


Luísa Guimarães, 10ºB

quarta-feira, 17 de abril de 2019

O que é a liberdade?

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Fonte: www.brunalyraduque.com


Esta questão é frequentemente debatida, por inúmeras pessoas, havendo assim várias pessoas que defendem diferentes noções de liberdade. Mas afinal, o que é a liberdade?
Estamos enganados ao pensar que ser livre é fazer aquilo que nos apetece, sem respeitar as outras pessoas à nossa volta, porque, na verdade, ser livre é ser autónomo para decidir por nós mesmos, significa assumir riscos, e a liberdade exige que carreguemos o peso das nossas decisões.
Muitas vezes pensamos que não somos livres por os nossos pais não nos deixarem sair com os amigos por exemplo, no entanto, estamos enganados. Um exemplo de pessoas que não são livres são os escravos, esses sim, não eram livres, não podiam decidir se queriam ou não fazer aquela tarefa, não podiam recusar aquele trabalho, eram obrigados a fazê-lo sem objeções, era-lhes negado, portanto, o livre-arbítrio, a liberdade de escolha.
Sendo assim, a liberdade não está apenas em fazermos o que queremos, mas em planejar e construir o nosso caminho, o nosso futuro, podendo decidir como, onde e com quem o percorremos.
Quando somos livres, somos responsáveis pelas nossas decisões, pois somos nós que as tomamos, sendo por isso, nós que arcamos com as consequências das nossas decisões, quer estas sejam boas ou más.
Liberdade não inclui apenas a liberdade de escolha entre uma ou outra ação, mas também se estende aos pensamentos e emoções, temos uma certa margem para escolher o que pensar ou sentir.
Todos devemos ser livres, respeitando os nossos direitos, deveres e as restantes pessoas à nossa volta.

Carolina Amaral, 10ºF

Responsabilidade



Fonte:https://ionline.sapo.pt/616819

             No nosso dia a dia, frequentemente fazemos ações, decidimos entre o que podemos fazer e escolhemos, na maioria das vezes, fazer coisas que nos agradam, coisas que satisfaçam o nosso objetivo (o que pretendemos conquistar com essa ação). Neste caso dizemos que fazemos ações porque queremos, o nosso ato é intencional e assumimos então as possíveis consequências dos nossos atos. Por exemplo, quando vamos tomar o nosso pequeno-almoço em casa ou no café, escolhemos comer o que queremos, podemos escolher um pequeno-almoço saudável ou um cheio de calorias. Estas escolhas dependem de nós, dos nossos objetivos, somos, por isso, responsáveis por estas escolhas, sofrendo então as consequências positivas ou negativas das nossas ações. No entanto estes atos não esgotam a totalidade do que fazemos, podemos também fazer coisas que não dependem de nós para acontecer, coisas que não queremos fazer, mas que, mesmo assim, somos forçados a fazê-las.
Por exemplo, podemos ser assaltados à mão armada e então, neste caso, podemos ponderar entre cooperar e dar os nossos bens ou não cooperar e fugir, por exemplo.  
Em ambas as opções os riscos são imensos, mas temos de escolher um lado, mediante as possíveis consequências. Se não cooperarmos podemos morrer, mas se cooperarmos podemos perder coisas que valem muito. É uma aposta, tivemos a infelicidade de isto nos acontecer, uma coisa que não dependeu de nós, não fizemos nada para aquilo nos acontecer, mas a partir do momento que acontece, somos forçados a escolher, escolhemos embora não o queiramos fazer, agimos, pois somos coagidos. Neste caso não podemos ser responsáveis, embora as ações partam de nós, elas são realizadas com o objetivo de sobreviver, agimos então pelo instinto
de sobrevivência. Como podemos ser responsáveis por coisas motivadas pelo nosso desejo de sobreviver?
Imaginemos agora que fazemos algo intencional que influencia alguém de forma extrema, podemos fazer essa coisa, mas ter o azar de, no futuro, "estragar" a vida de alguém, porque agimos de tal forma. Mesmo que não quiséssemos que tal acontecesse, somos responsáveis, pois o que aconteceu partiu de nós. Por exemplo, muitos jovens suicidam-se, pois são vítimas de bullying, devido aos maus tratos que recebem de terceiros. Mesmo que esses terceiros não quisessem que tal acontecesse são responsáveis, pois os atos deles levaram ao sofrimento e morte de alguém. 
Em suma, penso que devemos ser responsáveis por coisas que queremos e sabemos que estamos a fazer, coisas que partem de nós, que dependem de nós. Quanto aos atos que fazemos e são imprescindíveis à nossa sobrevivência não devemos ser responsabilizados, pois quando agimos tendo em mente este objetivo somos forçados a fazer coisas que não queremos fazer.

Leonardo Silva, 10ºF


terça-feira, 16 de abril de 2019

Por que devemos ser responsáveis?



Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1788679/

Responsabilizar os outros ou responsabilizarmo-nos a nós próprios pressupõe que somos livres, ou seja, que temos o poder de escolher entre várias alternativas possíveis, sem sermos constrangidos ou coagidos. Mesmo que as nossas ações sejam causadas pelas nossas crenças, desejos ou escolhas, isto não significa que tenhamos sido forçados a praticar essas ações.
Deste modo, a liberdade e a responsabilidade estão interligadas na medida em que só somos realmente livres se formos responsáveis pelas nossas ações, e só podemos ser responsáveis se formos livres. A responsabilidade implica uma escolha e uma decisão, o que vai ao encontro da própria definição de liberdade. Por outro lado, se não agirmos livremente, não podemos assumir as consequências dos nossos atos.
Na minha opinião, a liberdade e a responsabilidade são aspetos essenciais na construção de um indivíduo como pessoa, visto que é através da liberdade e da responsabilidade que o ser humano é capaz de se tornar efetivamente autónomo. Assim, devemos ser responsáveis pois, cada uma das ações que realizamos, vai-nos construindo e definindo. As escolhas que fazemos definem-nos, transformam-nos e deixam marcas em nós, nos outros e no mundo em que nos situamos.
Hans Jonas
Fonte: http://www.inquiriesjournal.com/articles/1327
hans-jonas-critique-of-the-modern-concept-of-causality      
          
Penso que, do ponto de vista moral, devemos ser responsáveis, pois temos a obrigação de reparar ou de nos desculparmos por ações que não deveríamos ter realizado ou que poderíamos ter evitado. Neste sentido ético, ser responsável não é apenas a capacidade de o ser humano ser o autor de uma ação realizada, é também a responsabilidade para com os outros. Deste modo, pelo Outro também se impõem que sejamos responsáveis.

Na resposta à questão formulada, poderíamos ainda considerar o conceito de responsabilidade, proposto pelo filósofo alemão Hans Jonas, enquanto princípio importante para fundamentar a ética de uma civilização que deve assumir a responsabilidade não só em relação aos outros mas também face à natureza. De acordo com Hans Jonas, se o homem tem a liberdade e o poder de agir, tem também a responsabilidade de preservar a natureza e propõe que o ser humano aja de maneira a que as consequências da ação não sejam destruidoras para a possibilidade futura de uma vida.
Efetivamente, não podemos deixar de agir de outra maneira se não com responsabilidade, devido às marcas que as ações deixam em nós, nos outros e na natureza.


                                                                                                                      Francisco Lopes, 10ºB                                 

Responsabilidade


(1) 

Desde pequenos que ouvimos os nossos pais e professores a dizer que temos de aprender a ser responsáveis. Mas afinal o que significa ser responsável?
Ser responsável é mais do que cumprir as obrigações que nos são inerentes, como por exemplo, fazer os trabalhos de casa, pagar as nossas contas, cumprir compromissos e datas, entre outros.
Ser responsável é também saber ser e saber estar. É saber colocar-se no lugar do outro, é prestar auxílio a quem precisa, olhar para além de nós próprios, é saber que não estamos sós e, por isso, precisamos de agir de acordo com os interesses do todo, podendo por vezes ir contra a nossa vontade.
Assim, a responsabilidade, além de estar relacionada com o que fazemos e como fazemos, está também associada ao que julgamos ser princípios.
Os princípios são a base da nossa ação, são o que nos leva a agir de determinada maneira. Temos sempre a opção de escolha, no meio das várias situações com que nos deparamos diariamente, os princípios, tal como os conhecemos, é que nos levam a ter a motivação para proceder da forma que escolhemos.
A nossa educação e a experiências que temos perante determinados acontecimentos pode condicionar a nossa resposta. Claro que em situações mais extremas em que nos vemos obrigados a agir de determinada forma para sobreviver, poderemos agir quase instintivamente, e em determinadas situações “esquecer” o saber estar.
Mas em situações menos extremas, o livre arbítrio dá-nos a liberdade para escolher a forma como vamos responder perante determinada situação. 
A nossa ação numa atividade, ou a nossa reação, seja ela qual for, tem necessariamente consequências. Ser responsável é também saber assumir as consequências dos nossos atos, independentemente de serem ou não, as esperadas.
A responsabilidade de que falamos não é imposta por uma lei, pois é resultado da consciência de cada um e da sua relação com o outro.
Assim, ser responsável define o papel de cada um de nós perante o mundo e a vida, faz com que saibamos distinguir o bem do mal, o correto do errado e a agir livremente, de acordo com os princípios que nos servem de base para a nossa resposta perante uma situação com que nos deparemos.

Luísa Couto, 10ºB

(1) Fonte: https://www.semprefamilia.com.br/familia-em-tiras/eu-preciso-ter-responsabilidade

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Eu e a escola



Fonte: https://pt.pngtree.com
    A jornada escolar começou oficialmente  com a entrada para a pré-escola. Lembro dos primeiros amigos e das auxiliares que nos ajudavam sempre que precisávamos. Lembro também das brincadeiras e dos passeios pelos quais tanto ansiávamos.
    Os anos passaram e já estavamos  preparados para enfrentar a primária. Uma nova mudança. Agora começava o ensino a sério. Novas amizades foram feitas e o desejo de aprender era cada vez maior.
     Os que eram menos participativos, eram crianças empenhadas e interessadas. Porém, essa autonomia também tinha o seu lado negativo pois, muitas vezes, quando tinham dúvidas, não as colocavam e isso refletia-se nas notas.
    E chegou o ensino básico. Mais uma vez, com a mudança de escola, perderam-se e ganharam-se novos amigos. Não sentimos as dificuldades que todos falavam. Aliás, foram os melhores anos, quer a nível escolar, quer a nível pessoal. Nessa época fizeram-se amizades duradouras e foi onde conhecemos professores que nos ajudaram a crescer a nível intelectual.
     Mas tudo tem o seu fim e assim surgiu o secundário. No nono ano, a conversa era sempre à volta do secundário. “Para que curso vais?”; “Achas que estás preparado?”; “Não vai ser fácil.”. Pensava que estavam todos a exagerar, então, escolhi o curso de Ciências e Tecnologias, pois era o que tinha mais saída e mais oportunidades.

Fonte: https://unixtitan.net/explore/
storytime-clipart-daily-five/
O ano começou e as dificuldades e dúvidas começaram a surgir para muitos. As mesmas perguntas pairavam na nossa cabeça: “Estou realmente a gostar deste curso?”; “Será o mais indicado?”; “Devo mudar?”. Depois de muito pensar e de recorrer à opinião de outras pessoas, alguns decidiram mudar.
    Foi um ano que passou lentamente, mas foi um ano que nos fez crescer e aprender a ser pessoas melhores. Aprendemos que devemos aproveitar as segundas oportunidades que nos são dadas e que, se não funcionar da primeira vez, só temos que erguer a cabeça e lutar para que a próxima seja melhor. Mais um ano e mais uma oportunidade para ser feliz e para escolher o caminho certo.
    Apesar dos altos e baixos, fizemos um bom percurso. Foi na escola que aprendemos, chorámos e que sorrimos. Foi na escola que aprendemos a ser como somos. Foi aqui que aprendemos que a vida nem sempre rema a nosso favor. Mas, acima de tudo, foi na escola que aprendemos a descobrir e a valorizar-nos.
    Esta jornada ainda não acabou e está longe de acabar, por isso, o objetivo é aproveitar todos os momentos ao máximo.

Francisca Dias, 10º M

Eu e a escola

                                                                                             

Fonte: http:// https://fr.freepik.com


Apesar de muitos dizerem que não precisam da escola para nada todos sabemos que isso é mentira, pois uma grande parte do conhecimento que temos deve-se à escola, muitas das vivências mais importantes foram passadas na escola e é graças à escola que somos quem somos e que temos muitas das amizades e experiências que temos. É a escola que nos prepara para, no futuro, podermos trabalhar e ser alguém.
Podemos perceber que a escola é muito importante e que tem muitos benefícios para nós, mas será que a escola é assim tão boa? Tal como tudo, a escola tem pontos negativos e quando se passa uma parte significativa da nossa vida lá dentro dela, não é difícil de os encontrar. Os alunos, desde o 1º ano de escolaridade, passam horas e horas sentados numa cadeira, geralmente desconfortável, sem muita liberdade de movimento, sem poderem falar uns com os outros, sem poder comer, com horários definidos para tudo, não podem decidir a que horas lancham, a que horas fazem uma pausa etc.
Claro que é preciso haver regras e horários para que todo o conhecimento que a escola nos transmite possa ser lecionado corretamente, mas será que precisamos de todo esse conhecimento? Todos sabemos que há muita matéria a ser lecionada, mas nem toda é assim tão necessária quanto isso, a meu ver. Cada dia que vamos à escola é nos despejada mais matéria e, na maior parte das vezes, perguntamos a nós mesmos, “Para que é que isto me vai ser útil no futuro?” A esmagadora maioria dos professores dá-nos a mesma resposta de sempre, “Se estás a aprender é por que é importante”. Talvez esteja errado e tudo o que aprendemos ao longo dos anos nos seja útil e eu próprio me apercebo disso cada vez mais, por exemplo: desde o 5º ano sempre pensei: “História é tão desnecessária, a maioria das coisas não interessa para nada!”. Em parte, ainda concordo, pois houve muita matéria que até hoje entrou, saiu e não ajudou em nada, mas reconheço que algumas coisas do passado nos são úteis hoje em dia. Mas o simples facto de me darem aquela resposta desmotiva para aprender certa matéria e sei que não sou o único e que muitos alunos concordam comigo. Penso que é importante os alunos aprenderem coisas e perceberem para que é que as estão a aprender, para perceberem a sua importância e não pensarem “Mais matéria desnecessária”.
Além de todos esses aspetos falta referir o stress e os problemas causados pela escola. À medida que vamos avançando na escola, as nossas preocupações começam a aumentar cada vez mais, começamos por ter mais testes, mais trabalhos, mais apresentações, mais obrigações etc. Começamos a ter muita coisa para fazer e preparar e quando se pratica uma modalidade desportiva e se quer sair com os amigos fica difícil gerir o tempo, de forma a obter bons resultados na escola. Esses mesmos resultados que a partir do 10º ano vão definir o nosso futuro e traçar o nosso “destino”.
Todos os alunos que já têm em mente os seus objetivos sabem que no fim do 12º ano têm que ter uma média X que, por vezes, é muito elevada, mas olhar para o calendário e ver dezenas de testes que, na nossa cabeça, são vistos como “um decisor do nosso futuro” faz-nos entrar num stress imenso e quando vemos o teste à frente e pensamos, “isto não pode correr mal”, muitos de nós (alunos) ficamos super nervosos e acabamos por errar coisas que até sabíamos. Quando recebemos o teste com uma nota abaixo do que precisamos é como se levássemos uma facada na esperança e começamos a pensar que não vamos conseguir, ficamos desmotivados, “vamo-nos abaixo”, pois sabemos que mesmo “estando em baixo” não podemos parar porque temos de preparar “20 apresentações orais, estudar para 10 questões de aula e estudar para 47 testes!?”. Claro que não são assim tantas coisas, mas quando nos apercebemos da quantidade que são,  é isto que pensamos.
          Sendo assim, a escola até parece uma coisa terrível e já nem devia existir, uma vez que só nos ensina "um monte de coisas" desnecessárias, causa stress aos adolescentes, não os deixa viver a juventude livremente, mas  mesmo a escola tendo todas estas dificuldades, todos estes problemas e stresses, a escola desempenha um papel extremamente importante, que é preparar cada aluno para o grande desafio final: A Vida, que é igualmente, ou mais difícil, do que toda a escola. No fundo, a escola submete-nos a 12 anos de preparação para podermos ir mais longe e é por isso que apesar de não gostar, eu sei o quão importante é a nossa relação com a escola e quer queira, quer não, o melhor a fazer é dar o meu máximo e tirar o maior proveito dela.

Gustavo Jorge, 10ºF


Eu e o mundo



         (1)     


     Quem sou eu? Onde é que eu estou? Estas são perguntas que penso várias vezes mas, com certeza, não sou o único que pensa assim. Neste momento tento escrever o que me vem ao pensamento, aquilo que o meu cérebro me comunica e que decido escolher escrever, mas quem sou eu? Por que é que eu não sou outra coisa qualquer? Não existem respostas que consiga dar e confirmar se são verdadeiras, mas sei que estou aqui e estou a sentir todas as coisas que me rodeiam.
   Eu penso que sou um animal dotado de raciocínio, a habilidade que me foi dada para poder raciocinar, isto é, aquilo que me permite observar e pensar nas coisas que acontecem no universo e tentar procurar razões que as justificam. Olho e observo, capto e descodifico aquilo que vejo, será que aquilo que vejo é verdade? Talvez sim e, nesse caso, posso confirmar que existem animais racionais, tal como eu, que partilhamos a mesma habilidde e por isso designamo-nos por seres humanos. Seres humanos que possuem uma característica importante, que permite ultrapassar barreiras que jamais as Leis da Natureza nos deixariam quebrar.
     Mas onde é que eu estou? Onde é que o ser humano está? Será que estou mesmo aqui? Aqui onde? E o ser humano onde está? Existem imensas pessoas como eu e neste momento, não é possível que estejam todas aqui comigo. Então, temos que estar num sítio gigante que consiga albergar tantas pessoas como eu. A este sítio foi dado o nome de planeta Terra, o meu Mundo, o Mundo de todos aqueles que o habitam.
     Mas será que esse Mundo realmente existe? Como é que eu sei o que é real ou irreal? Tenho uma perspetiva do Mundo em que vivo, que pode ser diferente da de outra pessoa. Para mim, o Mundo é uma coisa complexa, pode ser o planeta Terra, o local que o ser humano habita, local este que me permite viver e interagir com tudo o que me rodeia, mas o Mundo são todas as experiências e acontecimentos a que estamos sujeitos ao longo da vida. Não sei se ele é real ou irreal, mas é certo que se ele não fosse real, não o saberia, só quando me mostrassem uma forma diferente de ver as  coisas, uma nova perspetiva.
     O Mundo em que vivemos é complexo, é objetivo e subjetivo, é previsível e imprevisível, é perfeito e imperfeito, é preto e branco. Basicamente, o Mundo é composto por contrastes que se equilibram e que certos acontecimentos levam ao desequilíbrio e que novamente voltam a um equilíbrio. O Mundo é o que eu vejo e o que sinto, e o teu Mundo, o que é para ti?  

                                                                                                                          Francisco Dias, 10ºB
    
     

      (1)   Fonte: https://br.123rf.com/photo_20430235_saving-earth-concept-hands-holding-earth-with-sky-and-space-background-.html

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Dia Mundial da Filosofia

     A propósito da comemoração do Dia Mundial da Filosofia, os alunos do 10º ano pesquisaram músicas que, no seu entender, teriam contéudo filosófico. Eis alguns dos trabalhos apresentados.



 








 




Eu e o mundo



                                                                                        (1)


Eu. Quem sou eu? O que sou "eu"? Duas letras que refletem características únicas, especiais, só minhas. Eu sou muito mais, muito mais que uma nota, muito mais que o meu corpo, eu sou muito mais do que o que pensam de mim. Eu sou. Sou um reflexo daquilo que penso ou faço. Mas sou muito mais, não existe ninguém como eu, não existe ninguém exatamente igual a mim, por mais que sejamos muito parecidos, a realidade é que o meu "eu" é tão especial como o teu.
Eu não preciso ser como o "mundo". A sociedade pressiona-nos constantemente para sermos assim ou assado, está constantemente a empurrar-nos para coisas que, muitas vezes, contrastam com os nossos valores, ou seja, o nosso orientador da ação.
Eu estou farta, cansada. Cansei de tentar ser perfeita, porque eu não sou e não tenho que ser! Cansei de ficar uma hora em frente ao espelho comparando-me com outros milhares de pessoas que, na minha cabeça, são superiores a mim. Estou cansada de ver meninas com depressão, porque não se encaixam num padrão, estou cansada de ver homens a chorar por não conseguirem ter o padrão necessário para conquistar uma menina. Estou farta do mundo que nos rodeia, completamente egoísta, cheio de si, repleto de desigualdades.
Estou cheia de pessoas tão cheias de si e tão vazias do coração, enquanto milhares estão a morrer de fome, outros milhares vivem numa tremenda regalia, sem pensar que poderiam estar a ajudar a mudar o mundo.
A nossa sociedade precisa de pessoas que andem contra a maré, pessoas que se importem, pessoas que amem mais, que se dediquem mais, pessoas vazias de egoísmo e cheias de amor pelas outras. Se continuarmos a viver desta forma em pouco tempo nao haverá “ eu e o mundo”, porque não restará nem um "eu "para contar história. As pessoas falam em uma necessidade gigante de mudança, mas não têm coragem de tomar a atitude de mudar. Vivemos em um mundo onde grande parte da população vive em pobreza extrema, onde pais doam a vida para pagar uma boa educação para os filhos, mas, felizmente, essa não é a nossa realidade e como não entendemos o que é estar no lugar destas pessoas simplesmente não fazemos nada. Não podemos intervir, dizem eles. Será correto deixar milhares de pessoas a morrer? Será possivel um dia encontrarmos um equilíbrio? Não estou a falar de uma sociedade onde todos temos exatamente o mesmo, mas uma sociedade mais justa, onde pessoas com menos possam ter as mesmas possibilidades de estudo ou vida que os melhores financeiramente.
Eu sou apenas uma, uma pessoa no mundo, eu só tenho 15 anos... provavelmente minha voz não tem qualquer efeito nessa multidão, mas, quem sabe, um dia terá.  Eu serei uma pessoa diferente, eu ajudarei as pessoas que eu puder, eu chorarei com os que choram e me alegrarei com os que se alegram. Essa é a liberdade que ninguém pode me retirar, a de fazer aquilo que quero, a de mudar o mundo dos que estão à minha volta. A liberdade é um tema atualmente muito debatido. Podemos perguntar-nos: Será que somos mesmo livres? Mas afinal, se não fossemos, o que seria a responsabilidade? Estaríamos todos condenados a ser como reações químicas, onde seriamos apenas produto dos reagentes. Eu penso que sim, somos livres, não sei se totalmente, mas somos livres, pensamos, escolhemos, tomamos parte de uma ação e após a realização da mesma, somos responsáveis por ela.

Todos temos dias bons e maus, mas isso é demasiado relativo, afinal, o que realmente é um dia bom e um dia mau? Para mim um dia bom é aquele em que aproveito ao máximo, que rio imenso, que abraço aqueles que amo, é um dia em que tudo parece ser bonito (o que também é relativo). Para mim um bom dia é aquele em que tenho uma boa conversa, que vejo pessoas que amo, ou talvez um abraço saudoso do meu pai, porque ai também posso encontrar um dia mal, um dia triste, é o dia da despedida e da espera constante na esperança de voltar a encontrar aqueles que mais sentes falta… talvez após um ano ou mais. A dor da partida transforma dias bons em dias maus, mas a visão de um novo reencontro transforma varios dias em dias felizes.
Eu e o mundo contrastamos, nós dois somos como polos, apesar de eu estar dentro do mundo físico, não me sinto parte da sociedade. Sou, como a maioria das  pessoas: tenho medos, tenho amores, tenho tristezas, tento não ter rancores, tenho testes que me deixam muito nervosa, tenho uma média que parece mover a minha vida ultimamente, mas também tenho muito para mostrar e que não é como o "padrão", que difere com o nosso atual "mundo". Por mais dificil que seja ser assim, para mim vale muito a pena, me ensina a valorizar coisas como a amizade, o amor, o próximo, às vezes até mais do que a mim mesma...
Eu não quero ser conhecida por ter por namorado um cara famoso, ou por ter muito dinheiro, ou por ser uma celebridade. Quero ser conhecida por fazer a diferença nas vidas das pessoas com quem convivo. Quero poder ser uma luz nos dias mais escuros, poder ouvir que eu sou diferente soa-me como um elogio num mundo de cópias formatadas pelas redes sociais.

Sophia Celidonio, 10ºB


(     (1)  Fonte: https://bodyoshean.casadelakshmi.com/estou-limpando-minha-lente-de-ver-o-mundo

Eu e o mundo



  (1)


    Eu acredito que todos estamos aqui por um motivo. No entanto, o ser humano tem vindo a acostumar-se cada vez mais ao mundo e à própria vida, tanto que se limita quase exclusivamente a sobreviver, agora. Na maioria das vezes, o ser humano não age porque quer, mas sim porque essa ação o vai beneficiar em algum aspeto, agindo assim egoísta e gananciosamente, o que o leva a fazer más escolhas. A despreocupação do ser humano e a desvalorização do nosso mundo e das nossas vidas levou o planeta, bem como a sociedade, a chegar ao ponto em que se encontra agora.
    A ideia de “felicidade” tornou-se irreal e inconcebível para algumas pessoas, talvez porque a procuram nos sítios errados, ou talvez porque não a procuram, de todo. É sabido que o nosso tempo na Terra é curto e imprevisível, que podemos estar cá num momento e no outro não. E, face a este facto, de que a vida é incontrolável, a felicidade tornou-se também o objetivo de vida de muitas pessoas. O problema é que há tantas formas de se ser feliz, que nunca ninguém sabe qual escolher, acabando por ignorá-las a todas. A meu ver, a felicidade é um ótimo motivo para estarmos aqui, é algo que nos une e nos faz querer mais, é algo que nos move. Desde pequena que acredito que está nos lugares e nas pessoas, está nas coisas novas e na descoberta. Por isso, se nos contentarmos com o que temos e onde estamos podemos ficar satisfeitos mas, a meu ver, não ficamos completos.
    A vida é curta e o mundo é grande, e a forma como o vemos depende apenas de nós mesmos. Como podemos querer mudanças no mundo se queremos que sejam os outros a fazê-las? Sempre me disseram que “errar é humano”, ensinaram-me que é algo natural e bom, pois quer dizer que estamos a tentar e que não é o fim do mundo, pois o sol vai nascer outra vez e podemos tentar de novo. Por isso, acredito que todos nós podemos mudar o mundo. Aliás, acredito que todos nós o fazemos, todos os dias.
     Pessoas mudam pessoas, moldamo-nos uns aos outros. O que dizemos, o que fazemos e o que somos é influenciado indiretamente pelas pessoas com quem interagimos, pelo que vemos e ouvimos. Todas as pessoas que cruzam o nosso caminho deixam uma marca em nós, de alguma forma. Assim, somos únicos e, ao mesmo tempo, fazemos parte uns dos outros. E, já que o mundo são as pessoas, somos nós, e nós mudamo-nos uns aos outros, acho que é justo dizer que, assim, nós mudamos o mundo.
    O mundo sou eu e eu sou a complexa combinação das minhas experiências e vivências, das pessoas que me rodeiam e com quem convivo, das coisas que oiço e que digo e de tudo o que vejo e sinto. E isso é o Mundo.

Rita Coelho, 10ºM



 (1)   Fonte: http:// origemverdadeira.blogspot.com/2013/06/carta-as-autoridades-brasileiras-e.html

Eu e o mundo


                                                                       (1)


    Este trabalho consiste em redigir um texto sobre “Eu e o Mundo”, sinceramente não sei o que escrever, simplesmente estou a dizer o que se passa aqui e o que está na minha cabeça. Então vamos lá.
     Quando pensei neste tema, vieram-me várias perguntas à cabeça como, por exemplo: “O que é que eu estou aqui a fazer?”, que foi tema de um dos primeiros trabalhos propostos pela minha professora de Filosofia, e eu pergunto-me se estão interligados e, afinal, não é que estão?
      Portanto, nesse tal trabalho, falei de uma perspetiva do mundo que foi a seguinte: “ a minha importância para o mundo é insignificante, claro que tento fazer o meu melhor para contribuir. Afinal, tanto eu como os outros não somos perfeitos e é normal que não cumpramos com o “nosso papel” na sociedade.” - escrevi eu. Mas, então, a minha professora redigiu o seguinte recado: “Talvez o mais importante não seja o ponto de chegada, mas o percurso que fazemos… e, já agora, repensa sobre a importância do teu lugar no Mundo pois, afinal, podes ter a certeza, não há ninguém como tu, por isso, tenho a certeza, és imprescindível!”
     Então, quando eu li esse recado, refleti e conclui que sou uma pessoa super, híper, mega importante, para estar aqui com os meus colegas, professores e familiares. Posso não ter uma função grandiosa para realizar e completar, mas tenho a certeza de que eu, como tu, que podes estar a ler isto, somos indispensáveis para o Mundo, senão não teríamos nascido.
    Também não me posso esquecer que para terminar esta tarefa, terei que ultrapassar inúmeros problemas. Além disso, não serão estes a deixarem-me ir abaixo, mas sim a erguer-me para tornar-me mais forte, para ter como finalidade acabar esta tarefa, que foi o motivo para que eu vim ao MUNDO!


Luís Silva, n.º 28, 10ºB
         


(1) Fonte:  http://lumeear.blogspot.com/2013/12/brilha-la-no-ceu.html