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No nosso dia a dia, frequentemente
fazemos ações, decidimos entre o que podemos fazer e escolhemos, na maioria das
vezes, fazer coisas que nos agradam, coisas que satisfaçam o nosso objetivo (o
que pretendemos conquistar com essa ação). Neste caso dizemos que fazemos ações
porque queremos, o nosso ato é intencional e assumimos então as possíveis
consequências dos nossos atos. Por exemplo, quando vamos tomar o nosso
pequeno-almoço em casa ou no café, escolhemos comer o que queremos, podemos
escolher um pequeno-almoço saudável ou um cheio de calorias. Estas escolhas
dependem de nós, dos nossos objetivos, somos, por isso, responsáveis por estas
escolhas, sofrendo então as consequências positivas ou negativas das nossas
ações. No entanto estes atos não esgotam a totalidade do que fazemos, podemos
também fazer coisas que não dependem de nós para acontecer, coisas que não
queremos fazer, mas que, mesmo assim, somos forçados a fazê-las.
Imaginemos
agora que fazemos algo intencional que influencia alguém de forma extrema,
podemos fazer essa coisa, mas ter o azar de, no futuro, "estragar" a
vida de alguém, porque agimos de tal forma. Mesmo que não quiséssemos que tal
acontecesse, somos responsáveis, pois o que aconteceu partiu de nós. Por
exemplo, muitos jovens suicidam-se, pois são vítimas de bullying, devido aos maus tratos que recebem de terceiros. Mesmo
que esses terceiros não quisessem que tal acontecesse são responsáveis, pois os
atos deles levaram ao sofrimento e morte de alguém.
Em suma, penso que devemos
ser responsáveis por coisas que queremos e sabemos que estamos a fazer,
coisas que partem de nós, que dependem de nós. Quanto aos atos que
fazemos e são imprescindíveis à nossa
sobrevivência não devemos ser
responsabilizados, pois quando agimos tendo
em mente este objetivo somos forçados a fazer
coisas que não queremos fazer.
Leonardo Silva, 10ºF
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