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Ao longo
deste ensaio, procurarei discutir o problema: será a eutanásia moralmente
correta? A eutanásia é o ato de proporcionar a alguém uma morte indolor.
Distingue-se dois tipos de eutanásia, a ativa, que é a administração de
substâncias a um individuo que lhe causam a morte; e a passiva, a suspensão de
tratamentos que mantinham a pessoa viva. Temos, também, a administração da
eutanásia como sendo voluntária(com o consentimento do paciente), não
voluntária (o paciente não recusou nem permitiu) e a involuntária (o individuo
não deu consentimento). Considero que a discussão deste problema filosófico é
importante, pois define o futuro da nossa sociedade, decidindo a morte e a vida
de uma pessoa e a duração do seu sofrimento.
Vou defender
a ideia de que a eutanásia é moralmente correta. Eu partilho da ideia de Mill,
que uma ação é moralmente correta se providenciar a máxima da felicidade
(prazer e ausência de dor a um maior número de indivíduos). Quando a eutanásia
é administrada, em qualquer ipo de situação, irá trazer a máxima da felicidade.
Na administração voluntária e não voluntária, ambos o paciente e a família irão
ficar felizes, visto que, a dor do doente acaba e a família ficará aliviada por
não ter que ver o seu parente a sofrer. Na administração involuntária, o
indivíduo poderá ficar infeliz mas um grupo maior de pessoas irá ficar feliz
(por exemplo, a morte de um predador sexual), Ora, se uma ação traz a máxima da
felicidade então é moralmente correta; a eutanásia traz a máxima da felicidade;
logo a administração da eutanásia é moralmente correta.
Uma possível
objeção ao argumento apresentada é, por vezes, haver casos em que o doente se
sente pressionado a prosseguir com a eutanásia (não a querendo) mas prossegue
com o processo, pois sente-se um fardo para os familiares, esta sentir-se-á
infeliz. Concluindo-se assim, que a administração da eutanásia não é moralmente
correta pois causa a infelicidade a um individuo. Todavia, esta objeção não é
bem-sucedida pela seguinte razão: apesar de o doente ficar infeliz, a sua
família irá ficar feliz, pois não ter-se-á que preocupar com o familiar. Deste
modo, haverá uma maximização da felicidade, pelo facto, de o doente ser só uma
pessoa e a família um grupo delas.
Por conseguinte,
concluo este meu ensaio afirmando que a eutanásia é moralmente correta, devendo
ser permitida em todos os países, visto que, no sentido Milliano, esta ação
traz sempre a máxima da felicidade mesmo que forneça a infelicidade a uma
minoria.
10ºB
(1) Fonte: https://ccmadvogados.com/eutanasia-quo-vadis/